terça-feira, 27 de novembro de 2012

A NATUREZA DO SUDESTE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO


A NATUREZA DO SUDESTE E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
A região Sudeste, localizada na parte centro-oriental do país, ocupa pouco mais de 10% do território brasileiro.
Relevo
O planalto Atlântico, com suas terras altas (acima de 500 m de altitude, em média), é a forma de relevo predominante na região. Ele se subdivide em três serras principais: da Mantiqueira, do Espinhaço e do Mar. É entre a serra do Mar e da Mantiqueira que se situa o vale do Paraíba, o primeiro grande cenário da lavoura cafeeira no Brasil.
No norte de Minas Gerais, atravessada pelo rio São Francisco, encontra-se outra unidade do relevo da região, a depressão Sanfranciscana, situada a oeste da serra do Espinhaço.
Caminhando no sentido oeste, em direção ao interior do estado de São Paulo, é encontrada a depressão Periférica (área sedimentar muito antiga) e depois dela, o planalto Arenito-basáltico. Essas duas unidades do relevo pertencem ao planalto Meridional, que ocupa boa parte de São Paulo e do Triângulo Mineiro, prolongando-se em direção ao sul do país.
No planalto Arenito-basáltico, formado por terrenos sedimentares (arenito) e terrenos vulcânicos (basalto), verifica-se a ocorrência do famoso solo de terra roxa, formado pela decomposição do basalto, que serviu de base para a expansão cafeeira da região e, desde a década de 70, vem sendo largamente ocupado pela cultura da cana.
Entre o oceano Atlântico e o planalto Atlântico, apresentando-se ora mais larga, ora mais estreita, encontra-se a planície Litorânea. Essa planície, constituída por sedimentos recentes, é o resultado do trabalho de acumulação de materiais desagregados do planalto Atlântico e de acumulação marinha, no litoral.
Nessa planície podem-se individualizar duas áreas importantes, conhecidas pelo nome de baixada, que se encontram amplamente ocupadas, apresentando altas densidades demográficas: a baixada Fluminense (RJ) e a baixada Santista (SP).
Hidrografia
Na hidrografia do Sudeste alguns rios merecem destaque.
O rio São Francisco, rio de planalto, tem em seu curso a usina hidrelétrica de Três Marias, que, além de gerar energia para a região, através da construção de barragens, contribui para a regularização do trecho do rio onde está localizada.obtida das inúmerOutro rio importante do Sudeste é o rio Paraná, onde se localizam as mais importantes usinas hidrelétricas do país, como as de Jupiá e de Ilha Solteira, que constituem o Complexo Hidrelétrico de Urubupungá (5 300 000 kW).
Um dos afluentes do Paraná, que atravessa quase todo o estado de São Paulo, é o rio Tietê. Esses dois rios formam a hidrovia Tietê-Paraná, a mais importante do Brasil, que já se encontra em funcionamento parcial.
Por essa hidrovia, milhares de toneladas de soja produzidas anualmente em Goiás estão sendo transportadas de São Simão, cidade goiana, até Pederneiras, em São Paulo, numa extensão de 640 km pelos rios Parnaíba, Paraná e Tietê. Cada comboio com quatro chatas transporta carga equivalente à 135 caminhões, o que demonstra o baixo custo do transporte fluvial.
Próximo a Barra Bonita, em São Paulo, essa hidrovia, com 400 km de extensão, recebe a denominação de hidrovia do Álcool, por onde trafegam embarcações transportando cana-de-açúcar, álcool, gado e fertilizantes.
O rio Tietê, além de ser aproveitado como meio de transporte, é muito utilizado como fonte de energia, tendo em seu curso várias usinas hidrelétricas, como as de Barra Bonita, Bariri, Promissão e Nova Avanhandava.
Atravessando terras de Minas Gerais e do Espírito Santo, encontra-se o rio Doce. parte de seu vale possui grande importância econômica, pois dele se extrai o minério de ferro, que é exportado para inúmeros países.
Outros rios da região que merecem destaque são: o Paraíba do Sul, em São Paulo e no Rio de Janeiro; o Ribeira do Iguape, no sul do estado de São Paulo; e o rio Grande, entre São Paulo e Minas Gerais. Este último, com grande potencial hidrelétrico, comporta as usinas de Furnas, Itutinga e Marimbondo, entre outros.
A principal fonte de energia do Sudeste é a hidreletricidade obtida das inúmerOutro rio importante do Sudeste é o rio Paraná, onde se localizam as mais importantes usinas hidrelétricas do país, como as de Jupiá e de Ilha Solteira, que constituem o Complexo Hidrelétrico de Urubupungá (5 300 000 kW).
as usinas dos rios da região.as usinas dos rios da região.

Clima e Vegetação

O clima que predomina na região é o tropical (úmido), que sofre variação no trecho de terras mais elevadas (parte de Minas Gerais e São Paulo), apresentando temperaturas mais baixas do que nas demais áreas, sendo conhecido como clima tropical de altitude.
Enquanto no extremo sul do estado de São Paulo, próximo à região Sul, o clima é subtropical, no norte de Minas Gerais, próximo à região Nordeste, há um pequeno trecho onde predomina o clima semi-árido, apresentando as mesmas características socioeconômicas do sertão nordestino, ou seja, baixa densidade demográfica e baixo nível de vida da população.
A cobertura vegetal do Sudeste, devido à sua intensa ocupação, encontra-se quase totalmente devastada.
A floresta ou mata Atlântica, que se estendia (no sentido leste-oeste) do litoral até o planalto Atlântico, subdividia-se em dois tipos: floresta tropical de encosta ou úmida, que se apresentava bastante densa e com grande número de espécies vegetais (sapucaia, jatobá, jacarandá etc.) e floresta tropical de planalto ou semi-úmida, menos densa e com menor número de espécies vegetais (cedro, peroba etc.). Hoje, a maior parte dessa floresta quase não existe, restando apenas alguns trechos esparsos em encostas montanhosas -- como a serra do Mar --, que correspondem a 8% da vegetação original.
Caminhando em direção ao oeste da região (na parte norte do estado de São Paulo e grande parte do estado de Minas Gerais, nos terrenos sedimentares (mais permeáveis) encontramos a vegetação dos cerrados.
Nas regiões serranas predominam os campos limpos.
No norte de Minas, onde o clima é semi-árido, aparece a caatinga, enquanto na vegetação litorânea predomina o mangue (baixada Fluminense, baixada Santista e Cananéia-Iguape).No extremo sul de São Paulo surge a floresta subtropical, cuja espécie característica é o pinheiro


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